Bom dia, bom dia, bom dia mesmo.
Era uma vez um homem que resolveu vender tudo que tinha para peregrinar pelo mundo procurando a pedra filosofal.
Ele deixou apenas uma reserva financeira para se locomover e se alimentar enquanto realizava a sua busca.
A pedra filosofal é a pedra dos alquimistas, aquela que transforma tudo que toca em ouro.
Então, ele saiu buscando essa tão cobiçada pedra.
Como precisava subir montanhas e atravessar desertos e florestas, ele usava um cajado para se apoiar por onde passava.
Muitos anos se passaram e ele continuava sua jornada andando com seu cajado e procurando a pedra.
Até que um dia, no fim da tarde e já cansado, ele viu uma estalagem, porém todo o dinheiro da sua reserva financeira havia acabado e ele não tinha como pagar o pernoite.
Mesmo com a roupa toda suja e com aspecto de cansado decidiu perguntar ao dono da estalagem:
Será que o senhor poderia me arrumar um pedaço de pão, um pouco de água e um cantinho onde eu possa descansar?
O dono da estalagem arregalou olhos, o mediu de cima a baixo e disse assim:
Por que um homem tão rico está nesse estado e pedindo esmola?
Ele já meio curvado, levantou a cabeça e perguntou:
Como assim um homem tão rico?
Sim, por que um homem que carrega um cajado de ouro está pedindo esmola?
Quando ele olhou para o próprio cajado, se deu conta que ele estava absolutamente dourado e tinha se transformado em ouro.
Em algum momento da sua jornada, ele encontrou a pedra filosofal!
E quando ele tocou na pedra, o cajado se transformou em ouro.
E ele seguiu a jornada porque não havia percebido isso.
Não estava presente ali, estava distraído no “piloto automático”.
Qual é a moral dessa história?
Sem presença, nós também não conseguimos encontrar a nossa própria pedra filosofal.
E é claro que isso é uma metáfora, a pedra filosofal é um símbolo mítico que representa a nossa consciência.
É a consciência que transforma tudo em ouro.
E ela precisa ser procurada com presença, não fora da gente, mas dentro de cada um de nós.
Ela não se encontra no deserto, na montanha, na floresta ou no fundo do mar.
Ela se encontra na floresta inabitada que existe dentro de nós, no nosso deserto interno e no fundo do mar de nós mesmos.