Essa jornada do autoconhecimento também poderia ser chamada de jornada do herói, porque é preciso muita coragem para mergulhar dentro de si e vencer a si mesmo.
Não raramente, quando as pessoas aprendem a olhar para si, dentro do princípio da realidade e sem justificativas, elas começam a ver faces que sempre existiram, mas que elas não conheciam.
E muitas vezes essas faces ou características não batem com o protótipo de boa pessoa que todo mundo quer parecer ser.
Ao olhar pra dentro de nós, começamos a perceber que somos egoístas.
Começamos a perceber que somos invejosos.
Começamos a perceber que somos inseguros e, por isso, somos vaidosos e agressivos.
E quando começamos a perceber isso, começamos a pensar que somos menos do que os outros.
Isso acontece por conta de um padrão de perfeição vindo de fora.
Vindo da sociedade, vindo da família, vindo do céu, vindo de qualquer canto do mundo, menos de dentro de você.
Então, aí faz o quê?
Justifica!
Por que justo fica.
E aí não vai mudar ou então vai parar de olhar.
Não é raro acontecer isso.
Então, é necessário que a gente incorpore três coisas:
Primeiro todo mundo é assim, essa primeira coisa.
A minha profissão me dá a oportunidade de conhecer todo tipo de gente.
Desde o executivo de uma empresa multinacional até um indígena passando pelo morador de rua.
E é espantoso perceber que são todos iguais, inclusive eu.
Todo mundo igual não, mas semelhante.
A segunda coisa é uma lei:
Nós estamos condenados ou premiados a viver eternamente na nossa companhia
independente do nosso sistema de crenças.
Se você acredita na eternidade, isso é verdade. Você vai estar eternamente junto com você, porque a morte não existe.
E a terceira que é uma lei também, é a seguinte:
Só você pode se transformar.
As situações te estimulam, as pessoas te estimulam, os fatos te estimulam, mas só a tua decisão, a tua atitude pode te transformar.
Qual é a conclusão desse nosso papo?
Se todo mundo tem que se transformar, porque ninguém tá perfeito, ninguém aqui tá pronto ainda.
Aliás, se alguém estiver pronto pode enterrar, porque nós estamos aqui nos aprontando.
Se todo mundo tem defeitos iguais ou semelhantes.
Se a função precípua do ser humano neste planeta é sair melhor do que chegou.
E se, por fim, não existe a morte e nós vamos ter que fazer isso um dia aqui ou numa outra dimensão.
Então, bora enfrentar o medo de se conhecer!
Bora enfrentar a preguiça de se conhecer e mergulhar de cabeça nessa tarefa já!