O processo de cognição ou processo de aprendizagem se faz principalmente por três coisas: repetição, emoção e imagem.
Como assim?
Muito simples, começando pela imagem:
Se eu falo a palavra bola, vem uma bola na sua cabeça, certo?
Se eu sou mais específico e digo: é uma bola amarela com bolinhas vermelhas, você vai imaginar a bola exatamente assim.
Então, é algo automático, pois nós somos seres simbólicos e imagéticos.
A repetição também é algo muito fácil de entender.
A gente repete, repete, repete e acaba aprendendo ou decorando uma coisa de tanto repetir.
Aliás, esse termo decorar nos passa a ideia de que para aprender de cor é preciso apenas repetição, mas isso é equivocado.
De cor vem do francês de coeur, que significa “de coração”.
Então, decorar significa aprender, principalmente, com o coração ou com a emoção.
E essa é a terceira coisa, quando a gente acrescenta uma emoção gravamos com mais facilidade.
Aliás, a carriolinha que leva as informações da memória de curto prazo para a memória de longo prazo é a carriolinha das emoções
É com emoção que a gente pega um fato e deixa ele indelével para o resto da vida.
Daí vem uma frase que eu sempre digo que é “celebrar pra cerebrar”.
Quando nós celebramos ou colocamos o selo da vitória e da alegria nas nossas conquistas, por menores que sejam, isso vai para a memória do longo prazo.
É isso! A emoção guarda com mais propriedade e por mais tempo.
Sabendo disso, tudo que a gente for aprender daqui para frente, a gente tem que fazer com alguma emoção.
E, se possível, com emoção positiva, porque emoção negativa também grava, e assim, surgem os traumas.
Então, às vezes um hábito a gente repete, repete, repete, se habitua e aí fica no automático.
E outras vezes, algo aconteceu uma única vez, mas envolveu uma emoção tão forte, boa ou ruim, que fica para o resto da vida.
Então, é bem importante todos nós sabermos como o cérebro funciona.
Entender que os nossos circuitos mentais e os circuitos de memória são gravados pela repetição, por imagens e com emoção.