Tem uma coisa que me encanta na sabedoria indiana são o que eles chamam de 4 leis.
Como assim?
A primeira lei é a seguinte: aquela pessoa que vier, pode ter certeza que é aquela que deveria ter vindo.
Quando uma pessoa interage conosco sempre é um momento oportuno de interagir com aquela pessoa.
Claro, existem pessoas que cruzam nosso caminho e trazem alegria, conforto, amizade e é um prazer. Isso fica fácil de entender.
Só que tem pessoas que cruzam os nossos caminhos que não são muito agradáveis, mas mesmo assim elas são as pessoas certas, porque aquele é o momento da gente aprender alguma coisa com esse encontro, mesmo que seja alguma coisa que a gente não desejava.
Outro dia, sinceramente, eu senti gratidão pelas pessoas arrogantes, as pessoas egoístas, que cruzavam o meu caminho, porque elas sempre espelhavam alguma coisa que tinha dentro de mim e eu tinha aí uma oportunidade de crescer com o convívio delas..
Por mais que seja desconfortável, é uma verdade.
A segunda lei é muito parecida com essa: tudo aquilo que nos acontece era porque tinha que nos acontecer naquele momento.
E isso reforça a ideia de que não existe coincidência, existe com incidência…
E por mais que a gente não queira, o fato que nos acontece é uma consequência e não uma causa … .
É uma consequência daquilo que plantamos lá atrás e de novo é recheado de lições.
Aprende quem tiver a inteligência emocional de absorver o conteúdo daquilo que aconteceu.
O famoso fazer uma limonada com o limão azedo.
Construir um edifício com as pedras do caminho.
A terceira lei é: toda vez que a gente inicia algo, era o momento certo de iniciar.
E não adianta ficar olhando para trás e dizer: puxa, se soubesse disso eu tinha feito isso antes….
Ah, se eu fizesse isso, aquilo ou aquilo outro, já estaria num outro lugar….
Não, segundo esta lei, nós não tínhamos condições de iniciar aquilo a não ser no momento exato que iniciamos…
O resto era um momento preparatório. Não existe atraso, não existe antecipação nas nossas ações.
A gente faz aquilo que pode, no momento que pode, de acordo com nosso grau de consciência naquele momento.
É…às vezes não é tão simples de aceitar isso … .mas essa é a terceira lei.
Já a quarta lei é, como o velho poeta estoico Chacrinha já dizia: só acaba quando termina.
Isto é, quando algo terminou, terminou.
É o exato tempo que precisava durar aquela coisa, seja um romance, seja uma peia daquelas bem pesadas.
Peia no norte significa agrura, dificuldade…
Quando terminou, terminou. Não devemos ficar chorando ou mesmo ficar felizes porque terminou.
Terminou, pronto. Bola para frente.
Então, recapitulando:
Primeira lei: a pessoa que chega, sempre chega na hora certa.
Segunda lei: tudo que nos acontece é bem-vindo e era pra acontecer.
Terceira lei: toda vez que iniciarmos algo, era a hora certa de iniciar.
Quarta lei: quando algo termina, era a hora exata de terminar.
Eu acabei comentando da quarta lei me referindo ao profeta estoico, o Chacrinha, porque além de uma lei indiana, essa é também uma verdade estóica.
O estoicismo é uma corrente filosófica que tinha a sabedoria de viver bem.
Legal, né?
Pense nisso!