O passarinho canta porque está feliz?

Me lembrei de uma história muito interessante que é a história do William James.

William James foi um filósofo e importante psicólogo norte-americano. Com certeza, um ícone da saúde mental.

Certa vez, perguntaram pra ele: qual é a coisa mais importante que surgiu nos últimos séculos sobre saúde mental?

Ele respondeu com a seguinte frase:

O pássaro não canta porque está feliz, mas sim está feliz porque canta.

É claro que ele usou essa metáfora para falar do cérebro humano.

Para que a gente fique feliz, sorridente, animado, simpático o dia inteiro não é preciso estar feliz.

Mas se ao levantar, mesmo com alguma dor, mesmo com alguma preocupação, mesmo depois de uma noite mal dormida, a gente decide ser sorridente, simpático, agradecendo, cumprimentando todo mundo, vai indo, vai indo, a gente acaba ficando feliz.

Então, olha que incrível, se você não é, imite e passe a ser.

Quem já teve algum contato com meu trabalho ou meus cursos, especialmente o Revolucione-si que é o crème de la crème, sabe do que eu tô falando.

A gente pode criar uma persona que a gente não é.

Uma persona gentil, carinhosa, simpática, honesta, organizada e disciplinada.

Daí o cara olha e pensa: meu Deus do céu, esse cara não sou eu!

Mas se a gente começa a praticar isso, de repente, o cérebro aceita esses novos circuitos de tanta gente repetir.

E quando a gente menos espera a gente se torna aquela pessoa que a gente construiu e que eu chamo de Eu ideal.

E a gente acaba imprimindo aquela pessoa na gente.

Aquela pessoa que a gente escolheu ser.

Agora, tem que insistir até o cérebro incorporar aquele circuito.

Eu vou dar um exemplo: eu gosto muito de chamar as pessoas pelo nome e eu vejo o efeito que tem.

O nosso nome é o mantra ou música que a gente mais gosta de ouvir.

O nome, apelido, sobrenome, seja lá como a gente se identifica.

O meu pai, por exemplo, era conhecido como Sr. Gonzaga. Se chamassem ele de Alfredo, ele nem escutava, então Seu Gonzaga era a identidade dele.

Eu comecei a treinar isso: perguntar o nome das pessoas e chamá-las pelo nome.

O nome da camareira, da faxineira, do garçom…

Eu comecei fazendo isso, treinando, imprimindo essa pessoa que sabe o nome das pessoas e chama as pessoas pelo nome.

E se o nome for Tereza, eu já chamo logo de Dona Terezinha, né? hehehe

Se houver espaço para isso, claro.

Além de saber o nome já dou uma personalizada de maneira carinhosa.

Hoje, naturalmente, a primeira coisa que eu faço quando alguém vem falar comigo é perguntar o nome.

Então é isso, William James tinha razão.

O passarinho não canta porque tá feliz, mas ele pode vir a estar, se ele começar a cantar.

Pense nisso, meu compadre. Pense nisso, minha comadre!

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