Num certo tempo, em algum lugar, existiu um homem que ficou famoso por ter um cavalo considerado “o cavalo da sorte”.
Dizia ele que o cavalo era um unicórnio, que tinha mudado a vida dele.
Só que o chifre era mágico hehehe (era um cavalo comum, claro).
Era até bonito o cavalo e o homem não andava nele.
Só desfilava com o cavalo, sempre escovado e lindo.
Toda vez ele sempre contava a mesma história quando questionado: o cavalo lhe dava sorte e que tinha mudado a vida dele. Depois desse cavalo ele se tornara um homem próspero (e de fato esse homem era próspero).
Até que um dia, um antigo conhecido o questionou, insistindo que ele vendesse o cavalo, porque ele estava precisando de sorte e já havia tentado vários negócios…e nada dava certo. Provavelmente o cavalo lhe daria sorte…
O homem então disse: como esse cavalo não é um cavalo comum e sim um cavalo muito especial, só poderia vendê-lo por um preço especial.
O conhecido já desesperado, pagou o preço que o homem pediu e comprou o cavalo.
Depois de conviver com o cavalo por um tempo, o conhecido reparou que o cavalo não andava direito, era ruim de boca, duro, mordia, dava coice e não mudou em nada sua vida.
Ele continuava azarado e sem dinheiro, principalmente pela pequena fortuna que pagou pelo cavalo.
Decidiu se queixar com o homem:
Você disse que esse cavalo dava sorte, mas na verdade esse cavalo é um pangaré! Não anda direito, é muito duro, dá coice, morde…
O homem colocou o dedo entre os lábios e disse: pára, pára, pára pára…
Não fale mal do seu cavalo, muito menos nesse tom, em público.
Porque assim você nunca mais vai conseguir vender o seu cavalo….
Hehehehehe
Às vezes a gente vive falando mal do nosso próprio cavalo.
Se a gente tivesse que corrigir um único hábito, talvez esse fosse o primeiro: parar de ficar falando mal de si mesmo.
Parar de destacar aquilo que não conseguimos e passar a destacar aquilo que dominamos.
Ao mudar esse “hábito”, você vai ver que o teu cavalo vai se tornar tão belo quanto o deste conto e as coisas vão começar a dar certo pra você.